sábado, 20 de novembro de 2010

A la Coben

Livros de jornalismo, aqui em casa, estão espalhados por toda parte. Jornais, revistas, textos diversos, etc, etc... O assunto, claro, é muito mais do que uma preferência, é uma paixão.

Há alguns dias, alías, há mais de dois meses uma professora da faculdade deu uma lista de livros para que escolhêssemos um, lêssemos e então, escreveríamos sobre ele. Dois meses se passaram. Uma semana para a atividade em sala sobre o livro e eu tinha decidido não ler. "Desaparecido para Sempre", esse é o título, de Harlan Coben. Eu não tinha dúvida, não iria gostar! Mas aí vem uma amiga alí, outro amigo aqui... e a minha velha preocupação de não deixar de fazer alguma coisa.

De repente, saio do trabalho, embarco na Vila Madalena. Não faço como de costume, até o Alto do Ipiranga, mas desço no Paraíso, aquele inferno de estação que, simplesmente, odeio. Linha vermelha e estou na Sé. Centro, não é possível não encontrar esse tal livro. Vários sebos e nada. O grande Messias (não ele, mas um de seus funcionários) me diz: "Ah, não temos porque está entre os mais procurados, vende rápido". Quase disse para ele: tem certeza que estamos falando do mesmo livro? Comprei outros títulos e saí. Cada vez mais tinha certeza de que realmente não conseguiria ler esse tal Coben. Perto do metrô, uma Saraiva e eu penso: só falta ter aqui, e eu terei que pagar caro em um livro que sei que não vou gostar. É, e tinha mesmo. O operador do caixa me disse: "esse é bom, né? está vendendo muito" e eu: ah, não sei, estou sendo obrigada a ler. Ele fez cara de espanto, e eu tentei minimizar: é que não gosto do gênero. Paguei e saí. Duas baldiações e, enfim, em casa. No caminho, um dos livros que havia acabado de comprar, sobre a nova ortografia, chamou mais a minha atenção do que "Desaparecido para Sempre". É... exigências da profissão. O que conhecia do livro era tudo que estava na sinopse. Romance policial e suspense. Cheguei em casa e dormi. Dois dias depois, dois para o tal trabalho. Era hora de começar a leitura.

Uma página, duas, três...
Estranhamente comecei a ler caminhando na rua, de pé no ônibus, quase dormindo no metrô, às 6h. Na ida e volta da faculdade, nas aulas chatas e até mesmo ficar fora de algumas. Enfim, toda aquela história de que não ia gostar foi puro pré-conceito. Sentia raiva quando descer do ônibus ou sair do metrô me fazia parar. Daí a ideia de ler andando...

Surpresa, choque e muitas reviravoltas. É uma eletrizante narração. O autor envolve profundamente o leitor. Pesquisei e descobri que os livros de Coben está no topo da lista dos mais lidos.

No suspense, Will Klien namora Sheila Rogers, mas não sabe nada sobre o seu passado. Não importa, ele a ama. Seu irmão Ken está desaparecido desde o assassinato de sua ex-namorada, Jullie Miller. Alguns acreditam que ele esteja morto. "Três dias antes de morrer, minha mãe me disse (...) - Ele está vivo. (...) Não tinha dúvida, o homem na fotografia era meu irmão, Ken."

Ken é o principal suspeito do crime. Onze anos depois, após a morte de sua mãe, Klein passa a investigar o que teria realmente acontecido. Ao lado do amigo Squares, ele faz descobertas inacreditáveis sobre o passado de seu irmão, dos amigos dele e de Sheila, sua namorada.

Surpreendentes revelações a cada página, e a sensação de estar cada vez mais perto da verdade. Teria Ken matado Jullie? Quais os segredos de Sheila? Ela é encontrada morta e a partir daí Klein começa a descobrir seu possível envolvimento na morte de Jullie e em outros diversos casos, como prostituição e tráfico de drogas.

"Tive a mesma experiência no enterro de minha mãe, aquela esperança de que, de algum modo, tudo não teria passado de um engano, (...) aquele corpo não seria de Sheila. (...) E foi então que a verdade se revelou para mim. (...) Sheila Rogers estava realmente morta. (...) Mas a mulher que eu amava (...) não era Sheila Rogers."

O suspense cresce a todo momento. Até o desfecho, muitas surpresas e choques a cada nova informação.

Magnificamente, Coben coloca o leitor na posição de investigador do crime. Cada fato revelado é uma peça do quebra-cabeça que está sendo montado. Não importa a preferência do leitor. Até o mais experiente deles é capaz de se envolver na narrativa de Coben.


Imagem: Google

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Abandono

Não esqueci do Reticências. Não mesmo! A culpa foi dos acontecimentos dos últimos dias...